Educação Financeira

Como fazer um planejamento financeiro

Criar um planejamento financeiro não é coisa de outro mundo. Embora muitas pessoas quebrem a cabeça e mesmo contratem profissionais, é possível fazer seu planejamento financeiro em casa, sem gastar nada, de uma forma bem simples.

Embora não seja muito comum no Brasil, o planejamento financeiro é uma ferramenta essencial para organizar suas finanças e conseguir realizar seus sonhos. Nesse artigo, vamos te ensinar a fazer o seu e te mostrar porque ele é tão importante.

Qual é a importância do planejamento financeiro?

De fato você já chegou ao final do mês, olhou para seu saldo bancário e ficou atordoado se perguntando para onde foi o seu dinheiro? Pois é, esse sentimento comum de que “o mês está muito comprido” pode ser evitado com um bom planejamento financeiro.

O planejamento financeiro então vai te ajudar a:

  • Se organizar para pagar suas dívidas, caso existam;
  • Fazer o dinheiro do mês render mais e as contas serem pagas sem sufoco;
  • Te dar mais clareza sobre quanto dinheiro você tem e no que está gastando;
  • Te ajudar a tomar melhores decisões com base nos seus objetivos;
  • Finalmente começar a poupar e até investir dinheiro para seu futuro (reserva de emergência, aposentadoria, viagens, faculdade dos filhos, casa própria, troca de carro, estudos).

+ Reserva de emergência: por onde começar?

O que tenho que saber antes de começar um planejamento financeiro?

Quando vamos começar um planejamento financeiro ou qualquer hábito novo, estamos cheios de empolgação. Mas depois de algum tempo essa empolgação diminui e acabamos deixando aquele compromisso de lado. Então, aqui estão algumas coisas que você precisa saber para que seu planejamento financeiro dê certo:

  • Dessa forma o começo pode não ser fácil. Como é algo que talvez você nunca tenha feito, é normal que existam algumas dificuldades. Não se preocupe. Eventualmente com o tempo esse hábito se tornará automático;
  • Se você mora com sua família e vocês dividem as contas, todos precisam entrar no planejamento. Não adianta você economizar na renda familiar se outro membro continuar gastando demais.
  • Trace pequenas metas. Lembra que comentamos que é normal deixar o planejamento financeiro de lado depois de algum tempo? Isso acontece porque o esforço parece maior do que a recompensa. Então, comece com uma meta pequena que possa ser atingida em dois ou três meses. Pois com essa pequena vitória, você irá ter mais ânimo para continuar indo em busca de metas cada vez maiores.
  • Não existe certo ou errado: gastos essenciais para um podem ser gastos supérfluos para outro. Considere o seu bem estar diário, porque planejamentos muito rígidos nos cortes de gastos acabam gerando muito estresse. Mas também invista em seu futuro, pois ninguém mais poderá fazer isso por você.

Como fazer um planejamento financeiro fácil?

Primeiramente, para começar o seu planejamento financeiro você terá que fazer uma análise da sua situação atual. Você tem dívidas? E investimentos? Tem mais de uma conta bancária? Existe algum dinheiro guardado em algum lugar, a receber num futuro próximo ou alguém está devendo para você?

Identificar o seu panorama atual é importante para que você possa definir objetivos realistas.

1. Entradas e saídas

O princípio básico do planejamento financeiro é identificar e controlar as entradas e saídas. Ou seja, você precisa saber exatamente quanto dinheiro você está ganhando e gastando para depois tentar aumentar as entradas e diminuir as saídas

Vamos começar anotando todos os gastos. Utilize os extratos dos meses anteriores e as contas mensais para ter uma noção das suas despesas mensais. Tente não se esquecer de nada e separe seus gastos em duas categorias

  • Despesas fixas: aquelas que não mudam o valor a cada mês (aluguel, mensalidades, plano de saúde, etc).
  • Despesas variáveis: aquelas que mudam o valor (combustível, água, energia, etc).

Com essa divisão, você irá entender que as despesas fixas só poderão ser reduzidas caso você faça algumas mudanças de grande impacto, como mudar de casa para pagar um aluguel mais barato. Elas são despesas mais difíceis de mexer, mas você pode analisar se é possível cortar alguma.

As despesas variáveis são aquelas nas quais podemos economizar sem ter um impacto tão grande na nossa qualidade de vida.

Além disso, você também pode somar as despesas fixas e fazer uma média das despesas variáveis para saber o quanto gasta por mês.

Agora, some tudo o que você ganha por mês: salário, pensão, rendimento de investimentos, aluguéis, etc. Se for autônomo, faça uma média dos últimos 3 meses. 

2. Entendendo nossos gastos

A maioria das pessoas, quando pensa em suas finanças, sempre está buscando formas de ganhar mais dinheiro. Mas, na verdade, economizar é uma forma mais fácil e rápida de aumentar sua saúde financeira.

Por isso, agora você vai separar os seus gastos em três categorias:

  • Essenciais: despesas que não podem ser cortadas, contas que precisam ser pagas para manter o básico da sua qualidade de vida (Exemplos comuns: aluguel, água, energia, alimentação, transporte);
  • Fundamentais: fazem parte do seu estilo de vida e são importantes, mas é possível ficar sem (Exemplos comuns: academia, cursos e livros, streaming de TV, internet, pacote de celular);
  • Supérfluos: esses gastos são aqueles que nos dão maior prazer, mas que você pode reduzir ou cortar sem prejudicar muito a qualidade de vida.

Agora, você irá analisar cada um desses gastos. Comece pelos supérfluos: o que você pode cortar ou reduzir? Será que vale a pena gastar tanto dinheiro com determinado item da sua lista? Pese o gasto com o benefício que ele te traz.

Os gastos fundamentais também podem ser cortados ou reduzidos por um período de tempo, dependendo do seu objetivo. Por exemplo, se precisar pagar dívidas, é importante reduzir os gastos o máximo possível.

Mantenha o equilíbrio: se gosta muito de algo que está na lista dos supérfluos, busque apenas reduzir aquele gasto. Mas compense cortando outras coisas que não são tão importantes assim para você.

+ Confira essa calculadora para controlar seus gastos.

3. Defina sua meta

Portanto agora que você já sabe o quanto ganha e o quanto gasta, é hora de definir metas. Você não pode gastar todo o dinheiro que recebe por mês. Quanto você gostaria de poupar para seu futuro? Qual é a primeira coisa que você gostaria de comprar ou construir com o dinheiro poupado?

Acima de tudo, defina uma porcentagem da sua renda para ser investida ou poupada para o futuro. Sugerimos que seja de pelo menos 10% das suas entradas. Em quantos meses você iria conquistar o seu primeiro objetivo poupando 10% das suas entradas todo mês? Esse é o seu primeiro plano.

4. Orçamentos e controle financeiro

Você também pode definir orçamentos para ajudar a manter seu planejamento. Por exemplo, até R$600 para alimentação por mês e assim por diante.

Continue anotando tudo o que gasta e recebe e não faça compras por impulso. Respeite o limite que você estabeleceu para cada categoria.

De tal forma, nem sempre seguir a risca um planejamento financeiro é tão fácil assim, mas com o tempo e dedicação tudo vai se ajeitando. Acompanhe todos os conteúdos postados aqui pelo nosso canal do Telegram. Inscreva-se agora mesmo e fique por dentro.

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