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Entenda a 4ª fase do Open Banking

Você já ouviu falar de open banking? O nome pode parecer complicado, mas na verdade é um conceito fácil de entender. Imagine que você tem uma conta no banco X há mais de 10 anos.

Esse banco tem muitas informações e dados sobre você, ele sabe de todas as transações que você fez no último ano, qual o seu perfil financeiro, se é um bom pagador ou não, se costuma pagar à vista ou parcelar, no que você costuma gastar dinheiro.

Atualmente, todos esses dados sobre você pertencem ao banco. Dessa forma, caso você tenha interesse e queira acessar esse banco de dados, não irá conseguir. Visto que no máximo, os bancos liberam para seus clientes os extratos de transações

O que é o Open Banking?

Open banking é um sistema em que as informações financeiras passam a pertencer ao usuário e não mais ao banco. Assim você terá acesso ao seu histórico financeiro completo e poderá, de maneira simples e rápida, compartilhar as informações com outros bancos e instituições financeiras, em busca das melhores condições e produtos que atendam o seu perfil.

Quando você detém os seus dados, certamente você escolhe o que acontece com eles e decidi se compartilhados ou não. Contudo, as redes sociais possuí um grande poder sobre os dados e em casos polêmicos, esses dados acabam sendo vendidos ou usados de maneira antiética.

Estamos vendo com a LGPD (Lei Geral de Proteção aos Dados), uma tendência de preservar e garantir a segurança desses dados, no entanto, com o sistema bancário acontece a mesma coisa. Com o open banking, o poder passa para o usuário.

Qual objetivo do open banking?

Além de proteger os dados e dar autonomia ao usuário, o open banking afinal tem como objetivo deixar o mercado financeiro mais transparente e competitivo. Hoje, se você for pedir crédito, realizar um financiamento, comprar um seguro ou pedir determinado limite no cartão de crédito, provavelmente terá as melhores condições no banco que você já tem conta.

As quatro fases do open banking

Sendo um sistema de alcance nacional e com grandes impactos, a implementação do open banking no Brasil foi dividida em 4 fases. Veja cada uma delas:

1ª fase: 01/02/2021

A primeira fase deu início em fevereiro deste ano e consistiu no compartilhamento de informações entre bancos e instituições financeiras sobre seus próprios dados e produtos. Ou seja, nessa etapa ainda não havia o compartilhamento de dados dos usuários.

2ª fase: 13/08/2021

Dados dos usuários podem ser compartilhados entre bancos e instituições financeiras, com a devida e expressa permissão do indivíduo.

Alguns bancos, como o Itaú e o Banco do Brasil, enviaram a seus clientes um pré-cadastro perguntando se têm interesse em compartilhar seus dados com outras instituições financeiras.

3ª fase: 29/10/2021

Na terceira fase, um dos principais pontos é a integração do sistema PIX com o open banking. Os usuários podem fazer transferências, pagamentos e cobranças PIX por aplicativos de outras instituições financeiras que não as suas originais, em que cadastraram sua chave PIX.

Foi implementado processos para facilitar o pagamento de contas, solicitação de crédito e as transferências bancárias. É possível “montar seu próprio banco”, utilizando por exemplo um cartão de crédito de um banco, a transferência de uma instituição e o débito automático de uma terceira conta.

+ O que mudou com o Pix?

4ª fase: 15/12/2021

Por fim, a quarta fase, prevista para dezembro deste ano, finaliza a implantação do open banking liberando o compartilhamento de investimentos, seguros, câmbio e previdência.

Contudo, segundo o site oficial do open banking, na quarta faseos consumidores passam a ter o controle do compartilhamento de uma gama maior de informações.

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Os benefícios do open banking

Entre os benefícios do open banking, os mais citados são usuários, que agora passa a ter propriedade de seus próprios dados, o aumento da competitividade no mercado financeiro, uma vez que pode acarretar menores taxas e melhores condições para os clientes.

O open banking é uma tendência global visto que já está na pauta da maioria dos países desenvolvidos. Em resumo, esses são alguns dos outros benefícios que ele pode trazer:

  • Aumento da segurança e da fiscalização dos dados financeiros: o open banking padroniza a organização dos dados, implementa regras de uso e compartilhamento e possibilita uma melhor fiscalização através de tecnologia;
  • Modernização do setor financeiro: com APIs abertas, dados compartilhados e maior competitividade, bancos, fintechs e instituições financeiras com maior incentivos se modernizam e oferecem soluções cada vez mais inteligentes para seus clientes;
  • Personalização de produtos financeiros: com o compartilhamento de dados, você terá acesso a produtos financeiros diversificados e personalizados para sua realidade e necessidade;
  • Mais organização financeira: usuários terão maior facilidade para acessar e gerir suas contas, investimentos, dívidas e previdência.

Quer saber mais sobre o open banking Brasil?

Assista o vídeo com o comunicado completo do Banco Central do Brasil sobre o open banking:

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