Você sabe o que é portabilidade de empréstimo? Neste artigo, vamos te explicar como funciona e se vale a pena transferir seu empréstimo de um banco para outro.

Quem nunca fez uma compra e depois se arrependeu ao encontrar o mesmo produto mais barato em outra loja? Dá uma raiva, né? Pois é, no mundo dos empréstimos isso também acontece.

Às vezes, mesmo pesquisando bastante e usando ferramentas de comparação de empréstimos, como a EasyCrédito, a gente acaba se deparando com condições melhores depois de já ter contratado crédito.

Mas, diferente do exemplo que demos de um produto mais barato em uma loja, no mercado de empréstimos é possível sim trocar um contrato antigo por outro mais vantajoso em outra instituição. Surpreendentemente, a portabilidade de empréstimo é uma norma e tem que ser aceita pela instituição anterior.

Essa norma serve para aumentar a concorrência e dar mais liberdade e autonomia para o consumidor. Por isso, todo mundo que tem empréstimo deve sempre ficar atento a outras oportunidades melhores para usar seu direito à portabilidade.

Mas como funciona a portabilidade de empréstimo?

Em síntese, na portabilidade de empréstimo a instituição para a qual você irá transferir seu empréstimo vai quitar sua dívida na instituição anterior e você irá assumir um novo contrato com ela, com melhores condições de pagamento, prazos ou juros.

Talvez você esteja se perguntando: Mas qual é a vantagem para as instituições financeiras? Para a instituição anterior, é ruim perder o cliente e todos os juros que ela ainda iria receber. Porém, como a sua dívida é quitada à vista pela outra instituição, não há nenhum prejuízo. Na verdade, é bem melhor para ela receber do que ter inadimplência.

Já para a instituição que vai assumir sua portabilidade, a vantagem está em conquistar um novo cliente. A partir de agora, ela irá lucrar com o seu empréstimo e poderá te oferecer outros produtos financeiros. 

E a portabilidade de crédito funciona para todos os tipos de crédito, não só empréstimos, mas também:

• Financiamentos;
• Cheque especial;
• Consignado;
• Empréstimo com garantia.

Enfim, não importa quais as especificidades do seu empréstimo, financiamento ou cheque especial, você pode fazer portabilidade se encontrar condições melhores. Ou talvez, as condições sejam as mesmas, mas você encontrou uma instituição com atendimento mais eficiente e cordial.

Mas, para isso, a instituição financeira para a qual você quer transferir tem que aceitar receber o crédito!

E como isso acontece? Vamos ver a seguir.

Como fazer portabilidade de empréstimo?

A primeira coisa que você deve fazer é pesquisar em outras instituições por empréstimos da mesma modalidade que o seu que tenham um CET mais vantajoso. O CET é o Custo Efetivo Total e engloba os juros e outras taxas que são pagas durante o empréstimo. 

Em seguida, depois de ter encontrado algumas instituições do seu interesse, entre em contato com a instituição na qual você fez o empréstimo e solicite o extrato com o saldo devedor para quitação antecipada da dívida. O banco é obrigado a te fornecer esse documento em até 1 dia útil, no qual devem constar:

• Número do contrato;
• Modalidade de crédito;
• Saldo devedor atualizado;
• Demonstrativo da evolução do saldo devedor;
• Valor de cada parcela;
• Taxa de juros anual (nominal e efetiva);
• Prazo total e restante.

O próximo passo é levar essa documentação até a instituição em que deseja fazer o novo contrato, de forma online ou presencial. A instituição irá analisar seus dados e te responder se vai ou não aceitar sua proposta.

Se seu pedido for aprovado, a empresa quita sua dívida anterior e estabelece um novo contrato de empréstimo com você. A portabilidade de empréstimo é gratuita, mas pode ser cobrada uma taxa para abertura de conta no novo banco.

Outro ponto importante é que para fazer a portabilidade é preciso que uma parte do empréstimo anterior já tenha sido quitada. Esse valor pode variar, mas geralmente é exigido que de 15 a 20% das parcelas já tenham sido pagas para fazer a portabilidade de crédito.

Vantagens da portabilidade de empréstimo

Fazer a portabilidade de crédito pode ser muito vantajoso, afinal você irá:

• Mudar para melhores condições de pagamento;
• Ter mais prazo já que sua dívida vai começar do zero;
• Pode inclusive receber um troco do que você já pagou;
• Pode incluir bens como garantia e reduzir os juros.

Vale a pena fazer portabilidade de crédito?

Em conclusão, fazer a portabilidade vale a pena se você encontrar taxas de juros e CET menores ou taxas iguais e um atendimento muito superior. Porém, quando as taxas são as mesmas, maiores ou o contrato está perto do prazo final, não vale a pena fazer a portabilidade.

O processo todo demora em média 20 dias para ser concluído e isso também deve ser levado em consideração. Se a vigência do contrato estiver muito próxima, não vale a pena. Nesses casos você pode negociar diretamente com a instituição e mesmo adiantar o pagamento do saldo devedor total.

Portabilidade de crédito consignado

Quem tem empréstimo consignado também pode fazer portabilidade e conta com ainda mais vantagens. Nesse tipo de empréstimo, você pode fazer a portabilidade e receber como troco o valor já pago. Assim a sua dívida será a mesma do que a assumida anteriormente, mas as condições de pagamento serão melhores.

Você pode usar o troco como quiser ou incluí-lo na nova negociação. 

Fazer a portabilidade também vai liberar um pouco da sua margem consignável, permitindo que você tome mais crédito. A margem consignável total ainda será a mesma, de 30 a 40% dependendo da sua categoria.

Portabilidade de financiamento

Ao fazer portabilidade de financiamento, é preciso prestar um pouco mais de atenção do que nas modalidades anteriores. Isso porque essa operação pode incluir outras taxas que acabam fazendo a portabilidade não valer a pena. Além do CET, você poderá ter que pagar novamente para a instituição que vai receber seu financiamento avaliar seu imóvel e isso pode tornar o empréstimo mais caro.

Sempre saiba todas as taxas e coloque tudo na ponta do lápis antes de fazer qualquer operação de crédito.

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Escrito por: Laura Veridiana