Crédito

Parcelar a fatura do cartão de crédito pode não ser uma boa alternativa, entenda o porque

O dinheiro apertou e no final do mês não deu para pagar a fatura do cartão? Muita gente escolhe parcelar a fatura, mas será que essa é mesmo uma boa ideia? Nesse artigo vamos te mostrar qual é a diferença entre parcelar a fatura, pagar o valor mínimo e outras opções que podem ser mais vantajosas para você.

Vamos lá?

O que preciso saber antes de parcelar a fatura?

Bom, primeiramente o que você precisa entender é se esse foi um mês fora do comum ou se já tem algum tempo que o dinheiro não está dando para pagar a fatura do cartão.

Se você fez uma compra mais alta que não estava no seu planejamento original, tudo bem. Mas se isso já vem acontecendo, é preciso ligar um alerta vermelho e realmente parar para pensar na sua saúde financeira.

Muita gente vê o limite do cartão como uma extensão do quanto ganha e é um péssimo hábito pois pode virar uma bola de neve. Portanto, você pode pensar em diminuir o limite do seu cartão e até mesmo parar de usar cartão de crédito, já que os juros quando você não paga são altíssimos.

Pagar o valor mínimo ou parcelar a fatura?

Quando não conseguimos pagar o valor integral do cartão, existem essas duas opções: pagar o valor mínimo ou parcelar a fatura. Vamos entender o que acontece em cada uma delas?

Primeiramente, vamos supor que você não pague o valor mínimo e nem parcele, simplesmente deixe a conta lá em aberto.  Ou então que você só pague um valor abaixo do mínimo estabelecido. Essa é a pior opção para você, pois sua dívida será somada à próxima fatura acrescida de juros. Nesse caso, esses juros são os juros rotativos não-regulares.

Os juros rotativos não-regulares são os mais altos do mercado de crédito, chegando a 375% ao ano ou em torno de 15% ao mês. Isso significa que qualquer outra linha de crédito é mais barata. Sim, literalmente qualquer empréstimo seria mais vantajoso.

Em seguida, vamos imaginar que você só paga o valor mínimo da fatura. O restante também vai para a fatura do mês seguinte com juros. Mas agora trata-se do juros rotativo regular, que é o segundo maior e fica em torno de 335% ao ano ou 13% ao mês. Apesar de ser um pouco melhor, os juros ainda são altíssimos!

Por último, vamos analisar o que acontece quando você parcela a fatura. Dessa vez você não entrará nos juros rotativos e pode dar uma entrada, reduzindo o valor das parcelas. Os juros do parcelamento são menores, mas chegam a 166% ao ano ou 8,48% ao mês, o terceiro maior do mercado.

Vale a pena parcelar a fatura?

A partir dessa comparação você pode estar pensando que parcelar a sua fatura é a melhor opção. Afinal, os juros do parcelamento são menores do que os juros rotativos. Mas na verdade parcelar a fatura tem dois grandes problemas:

  1. Os juros ainda são altíssimos. Para você ter uma ideia, os principais bancos oferecem empréstimo pessoal com taxas de 3 a 5% ao mês. Isso quer dizer que você pode pagar a metade de juros se fizer um empréstimo ao invés de parcelar a fatura.

Com isso, você troca uma dívida cara por uma dívida barata. O que a maioria das pessoas não sabe é que no próprio banco em que você está com a fatura atrasada, você pode fazer essa negociação e trocar de dívidas. Como assim?

Você entra em contato e solicita um empréstimo com taxas menores, paga a sua fatura, para de pagar os juros rotativos e paga apenas os juros do seu empréstimo. E o melhor, talvez você tenha até mais prazo!

Mas não se contente em negociar com seu banco. Pesquise também por empréstimos em outras instituições e escolha aquela com as menores taxas. No final do artigo, vamos te mostrar algumas opções excelentes dos tipos de empréstimo mais baratos do mercado.

  1. O segundo problema de parcelar a fatura é que aquela dívida irá se somar ao seu orçamento mensal e não será uma parcela barata, devido aos juros altos. Se nos próximos meses você não conseguir pagar a sua fatura integralmente e mais o parcelamento, sua dívida vai aumentar exponencialmente.

O ideal é que você pague o valor todo da fatura de uma vez, mesmo que para isso tenha que fazer um empréstimo.

Decidi parcelar. O que preciso saber?

Pelo que analisamos, você percebeu que os juros relacionados ao cartão de crédito são os mais altos que existem. Porém, pode ser que mesmo assim você prefira parcelar a fatura ao invés de buscar um empréstimo.

Nesse caso, recomendamos que você pare de usar seu cartão de crédito durante algum tempo enquanto reorganiza suas finanças. Ao parcelar a fatura, busque dar a maior entrada possível para que os juros incidam sobre um valor menor.

Escolha o mínimo possível de parcelas. Diminua o valor do seu limite e dos seus gastos para que a parcela se encaixe no seu orçamento mensal.

Seguindo essas dicas, em poucos meses você estará livre dessa dívida.

O que é melhor do que parcelar?

Praticamente qualquer empréstimo será melhor do que parcelar e o seu próprio banco poderá te oferecer algumas opções. Mas queremos te mostrar que existem maneiras muito mais baratas de sair dessa bola de neve e organizar suas finanças de uma vez.

O empréstimo pessoal, aquele que comentamos anteriormente, com taxas de juros de 3 a 5% ao mês, é o tipo mais comum de empréstimo. Porém existem empréstimos com taxas de menos de 1% ao mês! 

O empréstimo com garantia é quando você coloca um dos seus bens, como carro ou casa, como garantia de que irá quitar a dívida. Com esse tipo de empréstimo você terá muito mais tempo para pagar e continuará utilizando seu bem normalmente.

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Outra modalidade muito vantajosa é o empréstimo consignado. Nesse empréstimo, as parcelas são descontadas direto do seu salário e as taxas de juros também são muito baixas, chegando a menos de 1% ao mês em algumas empresas de crédito.

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Depois desse artigo temos certeza que você não vai mais cair na armadilha dos juros do parcelamento do cartão!

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