Crédito

O que é e como calcular comprometimento de renda?

Ao contrário do que a maioria das pessoas acredita, é possível sim pegar um empréstimo e usar o cartão de crédito de forma responsável e vantajosa. Dessa maneira é preciso ter planejamento financeiro e entender o que é comprometimento de renda.

+ Como fazer um planejamento financeiro

Esse conceito vai te ajudar a conseguir crédito sem bagunçar sua vida financeira e gerar mais estresse para você e sua família. Vamos lá então aprender o que é comprometimento de renda e como calcular o seu?

O que é comprometimento de renda?

Comprometimento de renda acontece toda vez que você faz um empréstimo, financiamento ou parcelamento. Isso quer dizer que aquele dinheiro já está comprometido para pagar essas dívidas e não pode ser gasto com outras coisas. Ou seja, assim que você receber esse dinheiro ele já estará comprometido, você não poderá contar com ele.

O comprometimento de renda é para pagamento de dívidas. E sim, a fatura do seu cartão de crédito entra aqui pois é um dinheiro que você já gastou e agora precisa ser pago à operadora do cartão

Então, as suas despesas essenciais como moradia, alimentação, saúde, transporte e educação não fazem parte do seu comprometimento de renda.

Quanto da minha renda posso comprometer com dívidas?

Muitas pessoas não sabem, mas existe um limite da sua renda que você deve comprometer com dívidas para que sua vida financeira não fique desorganizada. 

Existem algumas fórmulas prontas para definir quanto do seu orçamento será destinado a isso. De fato, muitos especialistas concordam que você não deve comprometer mais do que 30% da sua renda para dívidas, isso já incluindo a fatura do cartão de crédito. Nós recomendamos que especificamente para empréstimos ou financiamentos você comprometa no máximo 14% da sua renda.

Porém, é importante entender que cada caso é único. Tudo vai depender de quanto você gasta e recebe mensalmente. Para entender isso melhor, você precisa fazer um controle financeiro.

Anote todos os seus salários ou recebimentos dos últimos 3 meses, além de outras entradas como bicos, pensões, aposentadorias, etc. Faça a média de quanto dinheiro você recebe mensalmente.

Depois reveja os seus gastos mensais. Anote os gastos essenciais como aluguel, alimentação, transporte, saúde e educação. E também calcule os gastos não essenciais (assinaturas, lazer, vestuário, etc). Para cada pessoa esses gastos vão variar. Por exemplo, se você usa a internet para trabalhar ela pode ser considerada essencial. Por outro lado, se você a utiliza apenas para ver filmes e se divertir ela pode ser colocada nos gastos não essenciais.

Depois disso, veja o quanto sobra no final de cada mês. Se não sobra nada (ou falta!), você não poderá comprometer nada da sua renda em novas dívidas sem fazer ajustes nas suas finanças.

Como assim?

Dessa maneira, vamos supor que você ganhe R$2.000 e gaste todo o dinheiro nas contas do mês. Isso quer dizer que não há nenhuma margem na sua renda para assumir novos compromissos financeiros.

Se esse é o seu caso, você pode rever os seus gastos não essenciais e fazer cortes ou reduções. Se você conseguir economizar, por exemplo, R$200 por mês em gastos não essenciais, esse valor poderá ser destinado ao pagamento das parcelas de um empréstimo, por exemplo.

Assim, você poderá comprometer apenas 10% da sua renda (R$200 de um total de R$2.000).

Qual é o máximo da renda que posso comprometer?

Se as suas finanças não estão tão apertadas quanto no exemplo dado, você pode começar a fazer orçamentos para cada área da sua vida. Assim, uma boa meta é não gastar mais de 50% dos recebimentos com coisas essenciais. Essa é uma das melhores maneiras de conseguir começar a poupar, investir e ter tranquilidade nas finanças.

Além dos 50% para coisas essenciais, você poderia gastar 30% para coisas não essenciais como saídas no final de semana, comidas especiais, etc. Sobram 20% da sua renda. Se você seguir a nossa recomendação de utilizar apenas 14% para pagar empréstimos e financiamentos, ainda terá 6% para investir em uma aposentadoria, por exemplo.

Então, o máximo recomendado por especialistas e mesmo aceito em alguns financiamentos é que você comprometa 30% da sua renda para o pagamento de empréstimos e financiamentos. Contudo, nós do Momento Finanças recomendamos que você não comprometa uma parcela tão grande dos seus recebimentos e se mantenha nos 14%.

Margem consignável e comprometimento de renda

Muitas pessoas confundem comprometimento de renda com margem consignável e isso é compreensível. Vamos esclarecer melhor. Primeiramente, existe um tipo de empréstimo chamado de empréstimo consignado.

Nessa modalidade, as parcelas são descontadas diretamente da sua folha de pagamento ou do seu benefício do INSS. Mas, existe uma porcentagem limite no valor das parcelas do empréstimo consignado. É a chamada margem consignável.

Enfim isso quer dizer que você não conseguirá pegar empréstimos consignados com parcelas maiores do que a sua margem consignável. A margem consignável geralmente é 30% do salário ou benefício e 35% para funcionários públicos. Essa margem aumentou em 2021 para 40 e 45%, respectivamente, mas deve voltar para o valor anterior em 2022. 

Como saber se devo pegar um empréstimo?

Essa decisão é muito individual, mas vamos te dar algumas dicas para entender se realmente é hora de fazer esse compromisso financeiro. Só faça um empréstimo se você:

  • Está com folga no seu orçamento;
  • Tem possibilidade de economizar nos seus gastos mensais;
  • Tem possibilidade de fazer renda extra com bicos, vendas de coisas que não usa mais ou novos empreendimentos;
  • Já calculou quanto pode comprometer da sua renda e as parcelas cabem no seu orçamento mensal;
  • Traçou um plano e sabe exatamente com o que o dinheiro será gasto;
  • Pesquisou bem os tipos de empréstimo e as taxas.

+ Veja aqui o que você precisa saber antes de pegar um empréstimo.

Agora que você já sabe o quanto da sua renda pode comprometer, busque pelos melhores empréstimos em um único lugar. A EasyCrédito ajuda você!

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